Algo escrito no dia 13/sep/2006 quando eu estava vivendo e aprendendo na Índia. Não acho mesmo que resolvi colocar este texto aqui hoje “do nada”.
Hoje resolvi vir escrever um pouco mais sobre feelings do que acontecimentos.
As crianças são ótimas, meu amor cresce a cada dia. Cada uma tem suas qualidades e falhas e tudo é bonito de se ver. Estou aprendendo muito com elas.
Estou aprendendo a ser eu mesma cada vez mais. Não sei bem como explicar isso. Parece simples e parece como algo que sempre foi assim, mas não é nem uma coisa, nem outra. A gente se modifica muito pra agradar, pra tentar fazer bonito, pra evitar conflito e às vezes até se perde na gente mesmo, em nossas crenças e vontades. Estou aprendendo a ver cada momento como MEU e que, por isso, devo usá-lo da melhor maneira possível. E isso as crianças tem me mostrado muito: elas não conhecem ontem ou amanhã. Pra elas é tudo agora. Nao é nem mesmo “hoje”. É AGORA. Se tá bom, elas aproveitam. Se tá ruim, choram, fazem cara feia, falam no idioma que não entendo, mas RESOLVEM. Lindo observar isso. E outra: se eu tive que chamar a atenção de um deles e este um ficou bravinho, ok… pq daqui a 10mins tudo muda de novo, assim como a vida (sempre mudando). Aí aparece uma situação diferente e lá estamos nós brincando again ou eu dando comida pra ele ou ele dizendo: “Julie Auntie, can I use the markers?” Y ya está… todo arreglado. Tudo no “AGORA”, neste único momento presente que, se pararmos pra pensar, já foi.
Com isso, tenho visto muitas coisas sob outra perspectiva: a comida que eu como, o banho que tomo, a força do sol, a chatice do barulho do trem (que tá, cada vez mais, incomodando menos!)… tudo com outro sentido. Não quero parecer zen, quero apenas dizer isso mesmo: bom dar mais atenção ao que estamos fazendo AGORA. Faz a vida ter uma simplicidade e uma “praticidade” bem maiores. Cool. Sempre temos a escolha de ver a vida como queremos, não necessariamente como achamos que ela é: até pq, o quê é, REALMENTE, a REALIDADE? No one knows (a realidade está nos olhos de quem vê, logo, cada um tem a sua e nenhuma é em comum). Com isso, fecho meu pensamento com a opinião de que todos deveríamos viver como as crianças: no agora. :o) Simple: wherever you are, be there!!
I just love the way you bring new emotions and new perspectives to my heart. I thank you for that.