– Esta filha da puta nem nos alimenta!
– Ela acha que somos suas escravinhas felizes!
– Certamente escravas somos, mas… felizes?? Será a megera tão tosca assim de achar que nutrimos qualquer tipo de amor por ela?
– Gente, se nós que estamos na cabeça da infeliz não conseguimos decifrá-la, não adianta muito uma ficar perguntando pra outra…
– Concordo. Detesto perda de tempo. Afeeee. Vou me enrolar aqui e fingir que sou um simples cachinho.
– Mas e aí? Vamos ficar nesta? Sem fazer nada?!?
– É, não podemos viver assim, simplesmente assustando e petrificando os imbecis que cismam em vir aqui… homem é um bicho burro mesmo, meu Deus…
– Deus? Hahaha, acorda, tua lenta… Este nos deu as costas faz tempo. Só de raivinha e ciuminho.
– Gente, foco, por favooooor!
– Ah, é, fala aí, Che Guevara… há há há!!
– Zoa, zoa mesmo. Quero ver quando meu plano da fuga capilar der certo e vc ficar pra trás, otária.
– Ai, ai, cobra presa e doída… ninguém merece. Ei, vc aí do lado dela, legal seria se você fosse a única cobra do mundo com um bracinho pra calar a boca dela, né? Há, há, há!!
– Cala você, recalcada! Só porque eu penso mais por estar fixada mais perto dos nervos pensantes? Cada um tem o rabo preso onde merece!
– Ok, ok, trégua vocês!! Já tô com vontade de me esticar e dar umas cabeçadas nas duas! Aliás, se me encherem muito mais o saco, é isso que vou fazer!
– Vem cá… perguntinha daquela que tá presa bem perto do pescoço e, obviamente com pouco acesso acústico da parte aí de cima… será que ela, a malditinha deusa Medusa, não nos escuta, não?!?
– Uuuuhhhhhh, bom ponto, hein! Vamos falar mais baixo…
– Ok, ok… então faremos o seguinte. Quando ela estiver dormindo, todas nos esticamos o máximo possível e pegamos um machado e lhe cortamos o pescoçote fora!
(Horas se passaram e as cobrinhas, excitadíssimas com a revolução, pareciam cabelos revoltos ao vento de tanto que se mexiam. Medusinha até enfiava a mão de vez em quando, como que ordenando as benditas a se acalmarem e, todas juntas, como se fossem uma só, prendiam a respiração e ficavam quietas por uns minutinhos, até voltar a algazarra normal de quem sabe que está aprontando… A Medu finalmente roncou. Aleluia!!!)
– Pega aí, ô!! Anda logo!
– Gente, que bonito o trabalho em grupo, sou grata por estar junto de pessoas tão legais…
– Ah, cala a boca, porra! Trabalha aí!
– Gente, deu certo! Pra cima, vai! 1, 2 3… e… JÁ!!!
(TSÁC! Pescoço fora, boca aberta, olhos arregalados e sangue jorrando por todas as partes, inclusive nas pretendentes a cabelo)
– Sou eu que estou com esta sensação ou o sangue dela se esvaindo tá me deixando com um sooooooono?
– Ai, caceta, somo buuuurras…
– Ela morrendo, morremos nós também! Tô toda molinha! Hi, hi, hi, sensação bacana…
– Ah, galera, valeu a tentativa. Bom conhecer vocês. He, he, he, será que isso é parecido com bebedeira?
– Sei lá, mas esta morridinha já tá valendo a peeeeeena… hi, hi. Anos e anos vivas e nunca sentimos algo tão divertiiiiido!
– Falou bonito, brrrrother…
– Ih, ha ha ha, errou… aqui somos tudo sisteeeeeeers! Hey sister, go sister, soul sister, flow sister…
– Aaaahhhhhhh… gostoooooooso…
– Pode crer… aí… nos vemos daqui a pouco em outro inferninho. Estejam lá pra outra bagunciiiiiiiiiinha…
– Aí, chatão você… tá todo mundo alucinaaaaando na nossa mortezinha lenta e indolor e vc fala em infeeeeeerno?
– PQP… fuuuuuui!
Obrigada.
Vim dar um oi de volta e dizer que gostei desse texto. Engraçado, eu achei que ele fosse ser escrito de maneira mais coloquial pelo texto inteiro mas gostei dessa maneira.
E do que ele diz. Tentando matar o outro se mata a si. Bem pensado. 😉
Snakes Revolution!!!!!
KKKKKKKKKKKKK
Que Perseu que nada!!! Finalmente contaram A história certa!!!!
SENSACIONAL
Beijos diretamente de B.A.
PS: Adorei a cobra que ficou molinha!!!
Depois me conta o que você andou tomando??? hahaha
Viagem total!!! 🙂